A história, a gente lê olhando para trás, mas escreve olhando para a frente. Cada um, querendo ou não, escreve sua história. Os melhores livros ficam pequenos diante do livro da vida. E tem vidas que dariam verdadeiros best-sellers. Claro que não é o meu caso.
Começo
O prefácio do meu livro começou a ser escrito desde que me conheço por gente, e até onde minha memória alcança, a comunicação sempre fez parte da minha existência. O início na profissão, embora ainda sem este caráter, ocorreu em 1966, como ajudante de uma consulta de opinião cuja pergunta era: a favor ou contra a fusão entre Riograndense e Inter-SM?
Meio
De lá para cá, muita coisa mudou em Santa Maria, mas a cidade, como ocorre com a vida de cada um, continua sendo o resultado das escolhas feitas, certas ou erradas. Mesmo quando tudo parece ser obra do acaso, da fatalidade ou da provação, haverá sempre uma finalidade ou uma relação de causa e efeito. E assim é em tudo, seja nas questões públicas ou privadas, individuais ou coletivas, materiais ou imateriais.
Fim
Sou dos que acreditam que sempre haverá um recomeço e uma nova oportunidade. Como esta, que o Grupo Diário está me dando, de retomar a comunicação por esse meio que, depois do rádio, é o que mais me apaixona, mesmo sabendo da enorme responsabilidade que impõe. Ah, e antes que alguém pergunte, o resultado da consulta sobre a fusão entre Riograndense e Inter-SM foi “não”, com uma enorme diferença. As escolhas sempre gerarão resultados. A semeadura é livre, mas a colheita é inevitável. Então, vamos à semeadura.
Saúde por um fio
Inegável o esforço do secretário de Saúde de Santa Maria, Guilherme Ribas. Apesar disso, alguns problemas crônicos ainda não foram resolvidos, como, por exemplo, a marcação de consultas e a comunicação com os postos de atendimento. São frequentes as reclamações de pessoas que acordam antes do sol e ainda têm que enfrentar filas para conseguir uma ficha. O telefone com fio é bom quando funciona, mas, muitas vezes, o usuário tem ficado sem retorno. O sistema precisa ser modernizado. A regionalização do atendimento tem sua importância, mas uma central de marcação de consulta poderia dar uma resposta bem mais eficiente.
Central de Polícia
A Polícia Civil de Santa Maria está muito perto de ter uma nova casa. A Cacism, por meio do Consepro, vem tratando do assunto, e agora falta muito pouco. O local é onde funciona o DAER, na Avenida Medianeira. Além de se tratar de um prédio amplo, com facilidade de acesso e pátio interno, possui ligação direta com o Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública de Santa Maria), que fica na mesma avenida. Depois da ida do IGP para um espaço cedido gratuitamente pela UFSM por meio de convênio, no antigo Hospital Universitário, na Rua Floriano Peixoto, o presidente da Cacism, Luiz Fernando Pacheco, informou que resta apenas a transferência dos funcionários remanescentes do DAER para a sede anterior do Instituto, na Rua Gaspar Martins. Falta só o governo do Estado acelerar o processo, para que tudo aconteça. A segurança agradece, e a comunidade também.
Fé na ciência
Elisama Romero de Quevedo, advogada e auxiliar administrativa do Centro de Tecnologia da UFSM, transformou-se em um importante instrumento de pesquisa para a ciência mundial. Sua saga começou aos 7 anos, com alteração visual, e, de lá até seus 30 anos, idade atual, seu quadro vem se agravando cada vez mais. Em 2016, o National Human Genome Research Institute – National Institutes of Health, dos Estados Unidos, identificou a presença de uma variante compatível com a síndrome Rosah, doença autossômica, autoimune que pode afetar órgãos vitais e comprometer até mesmo sua sobrevivência. Além de outras 23 pessoas no mundo, o caso de Elisama é o único que existe no Brasil. Dia 13 de setembro, ela voltará aos Estados Unidos, para mais uma sequência de exames e pesquisas. Como a doença não tem cobertura do SUS, suas despesas serão bancadas com a venda de alguns bens pessoais – e da ajuda de colaboradores.
Turismo religioso
Pesquisas recentes revelaram que o turismo religioso é o que movimenta o maior número de pessoas no Brasil. Para a economia não é o mais atrativo, pois sua contribuição é de apenas 1%, em comparação com outras formas. Ainda perde longe para o turismo de eventos, que agrada muito mais os segmentos como hotéis, restaurantes, shoppings e outros mais. O que ainda falta muito são informações. Turistas, fora cidades que aprenderam e evoluíram, parece serem invisíveis, vêm e vão, e não são acolhidos como deveriam. Às vezes, têm até dificuldades de obter informações sobre o lugar onde estão. A Romaria da Medianeira está chegando. A Arquidiocese está preparando uma grande programação. E a cidade, está preparada ?
Vida saudável
Xuan-Mai Nguyen, especialista em ciências da saúde do Million Veteran Program, no VA Boston Healthcare System, elencou 8 hábitos que podem acrescentar até 24 anos a mais de vida. O estudo analisou o comportamento e estilo de vida de quase 720 mil veteranos militares, com idade entre 40 e 99 anos. Exercício físico, não fumar, gerenciamento do estresse, dieta balanceada, controle alimentar, uma boa noite de sono e “relacionamentos sociais positivos” são regras de outro.
Dia do Vizinho
Destaquei o último item da pesquisa propositadamente, diante da volta do “Dia do Vizinho”, um hábito que enaltece alguns dos mais nobres sentimentos humanos, como amizade, respeito e solidariedade. E não esqueçam de deixar fora da lista de convidados futebol, política e outras polêmicas. Tudo é importante, quando tratado no momento certo e da forma adequada.
Abraço aos vizinhos de páginas, de porta e de caminhada.
A vida continua, nesta e em outras dimensões!